quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sinto falta...

Saudades

Saudades e nada mais. Essa palavra tem estado mais presente no meu cotidiano do que eu ousaria permitir. Saudades de pessoas, saudades dos bons momentos, saudades da felicidade e até do que eu nunca tive... Os dias e as noites não tem sido, assim, tão fáceis.

Às vezes a saudade é simples, é daquele cheiro do feijão que só minha mãe sabe fazer (e que o meu não chega nem aos pés!), mas ela vai crescendo, crescendo, crescendo... Quando vejo, "puft!", virou vontade!

O preço da pseudo-independência¹ é um preço muito alto a se pagar, que o diga o travesseiro, dia desses ele vai cansar de tanto abafar meu choro... 

Sinto falta dos dias e das noites normais, em que combinávamos um cinema e, por falta de verba (ah! Pobres mortais!), parávamos em um parque de diversões num belo piquenique (vulgo farofada). Sinto falta de andar em trios, de somar três mais três e resultar em quatro². Sinto falta de um colo, de um ombro e de alguém para passar horas no telefone me fazendo rir ou chorar. Sinto falta do pouco, do muito, dos tantos e dos nadas. Das horas, minutos, reuniões e velhas aulas. Dos sonhos compartilhados, das festas surpresas (que todos sabiam que iam ter) e até das mãos dadas num dia nublado por lágrimas. Sinto falta de algo ou de alguém que eu nem conheço, mas sinto...





¹ Sou uma eterna dependente. 
² Isso é confuso, apenas 4 pessoas entenderiam... 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Ao amor da minha vida.

Caraca! Séculos sem aparecer por aqui. Desta vez não foi só a falta de tempo que fez com que eu me ausentasse, confesso, mas, para "comemorar" esta volta, ainda que não tão inspirada assim, quero compartilhar um texto lindo que achei durante minhas visitas aos blogs por ai...


De verdade, meu bem, eu não acredito que você exista. Mas cheguei à conclusão de que, se não for por amor, que seja por você.
Que eu te encontre num dia ensolarado, nublado, chuvoso, com névoa e te diga alguma coisa. Que eu te reconheça no momento exato em que puser meus olhos em você. E que você saiba que houve um encontro ali. Que você esteja vestido de vermelho, amarelo, azul, verde, preto e branco. Que você me ache engraçadinha, pelo menos. Quem sabe tímida, quem sabe babaca demais, quem sabe charmosa, quem sabe eu nem te chame a atenção. Mas que você me veja com bons olhos e eles encontrem os meus. Que eu acerte a cor dos seus olhos numa brincadeira qualquer. E que aí você perceba o quanto eu te enxergo em tão pouco tempo. Que você seja amigo de algum amigo, ou o gerente do banco, ou o colega de faculdade, ou o menino bonito da rua, ou filho da amiga da minha mãe. Que você se encante comigo de alguma maneira. Que você se permita me conhecer melhor e saber que eu sou legal, ou que sou interessante, ou que não tenho nada a acrescentar a você, ou que eu sou uma completa egoísta, ou que eu tenho um blog bacana que fala dessas coisas bonitas que as pessoas acreditam. Mas que você não seja um ponto final. Que seja as aspas, as reticências, o parágrafo, o travessão. Que você seja.
Que você saiba como eu sou complicada, ou que eu sou desajeitada, ou que eu sei dançar muito bem, ou que eu piso no seu pé porque não sei andar em linha reta, ou que eu detesto o cheiro de queijo ralado. Mas que você decida ficar e me conhecer mais, seja por curiosidade ou porque acha que pode se encontrar no meio da minha bagunça. Que a gente se conheça aos poucos, aos muitos, aos tantos, aos beijos, aos toques, aos olhares, aos filmes de fim de tarde, aos cheiros de perfume novo, aos dias de dormir de conchinha, aos minutos de ligações intermináveis.  Que você possa contar comigo, possa dormir comigo, possa brigar comigo. Que você não se arrependa naqueles momentos em que a gente questiona o amor, que você tenha orgulho de me mostrar pra seus amigos e que eles tenham inveja de você (hahaha!). Que eu possa te trazer café na cama, te dar um beijo de surpresa, viver sem maquiagem, te morder até você ficar sem graça. Que eu não seja odiada pelos seus pais, que eles não me chamem de filha, que seu irmão torça pro mesmo time que eu. Que você me queira como mãe dos seus filhos, que você se orgulhe de mim, que você esteja lindo quando entrar na igreja.
Que eu possa te fazer sonhar. Que eu possa realizar os teus maiores sonhos e te consolar caso alguma coisa dê errado no meio do caminho. Que eu não saia nunca do seu lado, nem quando você pedir. Que os meus dias de TPM sejam lembrados com risadas e justifiquem aqueles quilos a mais que você me fizer ganhar com o brigadeiro. Que você chore bastante. Chore de rir, chore de saudades, chore de alegria. Que eu possa garantir que você não vai se machucar. Que o nosso filho tenha os seus olhos, a sua boca, o seu nariz. Que ele me lembre todos os dias de você. Que a gente caia um pouco na rotina e não mude por isso. Que a gente saia da rotina e se encante com algumas aventuras de vez em quando. Que a gente saiba reconhecer o valor da companhia do outro. Que eu te ame como nunca amei ninguém e que você me modifique da maneira que o seu amor quiser.
Mais importante que isso tudo: que você exista. E que não demore tanto pra chegar na minha vida...


Este texto foi originalmente publicado em Entre Todas as Coisas. Um pouquinho remexido e modificado por mim, mas, ainda assim, bem fiel. ;)