Este ano o corre-corre foi tão grande que alguns aniversários passaram por mim desapercebidos, confesso. Dentre eles, o aniversário do blog e até o meu aniversário! 

Bem, talvez isso tenha sido mesmo uma grande falta de inspiração, o que não vem ao caso hoje, né?

Enfim, com grande alegria, venho dizer que meu coração bate no ritmo certo (olha que isso é meio que novidade, hein!) por uma pessoa que berro sem medo de más interpretações: AMO MUITO!

Ao meu grande amigo, irmão, padrinho. Aquele que não é parente, mas é família. Um dos poucos leitores do meu blog *-*

Filipe. Little-Boy. Meu Nakama! Quero, de todo coração, desejar o melhor dos aniversários, apesar de todas as circunstâncias que nos rodeiam. Que cada novo dia seja de muitas alegrias e grandes realizações. Difícil seria uma definição sua, mas sei que tens praticamente todas as "especificações" de um anjo, talvez seja por isso que cativas a tantos de uma forma tão especial...

E para não chorar enquanto escrevo, quero encerrar por aqui dizendo o que você já sabe muito bem: pode contar comigo para o que der e vier, o que vier e der... Enfim... 

Te amo, meu caro! Te amo muito! 

Kanpai!!!

Feliz Aniversário!

É bom ser inteira, se é que me entendem...

O pequeno ponteiro do relógio anunciava que já eram quase 10 da noite, ainda assim, tão tarde, minhas vontades faziam questão de ser maiores que o cansaço de um dia inteiro de trabalho. Algo, além da preguiça de ter que cozinhar algo me levava aquele lugar, mas negava-me a dizer qual grande motivo me fazia chegar lá.

O ônibus chegou lotado ao ponto em que eu estava, mas eu não fiquei chateada pelo fato de ir em pé... Aquele ônibus não passava mesmo em frente a minha casa...

27 minutos. Contados. Mais que esperados. Entre o tempo de espera pela condução e o meu ponto final. Enfim, cheguei e meu sorriso, de orelha a orelha, não negava: aquele lugar era-me quase um lar.

Fui recebida com um "boa noite" ao me aproximar da porta, a educação que existia naquele lugar era tão admirável quanto o som do violão de um moço que lá tocava alguns clássicos da MPB. Pouco importava a hora quando se estava lá.

Olhei rapidamente e consegui ver, tristemente, talvez, que minha amada mesa 8 estava ocupada. Procurei, então, por outra que me fosse tão confortável quanto aquela, mas antes mesmo da procura, vejo que o casal feliz que lá estava se preparava para sair, foi a oportunidade perfeita para dar uma outra olhada no estabelecimento e procurar, quem sabe, por um rosto mais amigável que o normal. Aquela hora era comum que eu mesma fizesse o pedido, afinal, já passavam das 22 e um certo alguém já deveria estar em casa. Mas... Surpresa...

Sim, nenhuma outra palavra descreveria aquele momento: surpresa.

Eis que um rosto conhecido aparece e, embora o smoking preto tenha dado lugar a um bonito sobretudo cinza, a forma como o pequeno bloco foi tirado do bolso era inconfundível: ele estava lá para me servir.

Era quase um egoísmo, eu estava lá, ele estava lá e, por este motivo, eu já acreditava que ele deveria me servir. Mas era um egoísmo saudável...

Minha pequena espera se uniu ao sorriso bonito e decidiu receber, sem muitas palavras, a sugestão para aquela noite de um dia útil após o trabalho. Sem muito demorar, mas também sem deixar escapar o lindo sorriso, ele começa a comentar: 

"Para esta noite, senhorita, tenho algo especial a lhe ofertar. Mais que isto, tenho a certeza de que você irá gostar. Já é tarde da noite, não lhe desejaria uma ressaca de sentimentos, mas, aconselho alguns belos doces, que apelidamos aqui de vontades. A senhorita saberá o que fazer com elas..."

Incrível como as palavras dele me atingiam. Será que eu realmente saberia o que fazer com a tal vontade? Mas já era tarde e eu não tinha lá muito tempo para admirar muito aquele lugar. Sem mais demorar e pensando no vinho que eu levaria para acompanhar, pedi:

"Vou levar dessa tal vontade. Uma dúzia, por favor. Para viagem..."