segunda-feira, 21 de maio de 2012

Garçom: Dois mil e doses.

Atípico. Depois de meu grande sumiço, eis que me surge um vago, mas precioso tempo. Eu precisava sentir aquele lugar novamente.

Como de tudo que me faz bem, senti uma grande saudade de lá. Acho que a mesa oito já resmungava seus quase novos donos. Pois bem, não esqueci meu lugar. Nem pudera...

Fiquei feliz em notar aquela mesa vazia, confesso que senti um medo de não tornar a vê-la (quase um drama), mas o medo maior era de não encontrar meu ami... Aliás, não tinha mais medos: O sorriso encantador seguido de olhos que de longe nos fitavam. A mim e a mesa.

Engraçado como aquele lugar passou a fazer parte de minha vida, já não frequentava o restaurante por preguiça de fazer a própria comida, tinha um motivo... Algo bem maior que minha inércia.

Eu tinha uma mesa, quase que reservada (afinal, quase sempre era ela a escolhida). Tinha um magnifico e brilhante menu. Tinham sorrisos e vozes... Tinham pessoas...

Sem mais pensar na falta que me fez aquele lugar, chamei o garçom, perguntando o que, desta feita, ele teria para me indicar. Pedi algo forte, que me fizesse esquecer um pouco o mundo e aquele vazio que me preenchia, e sem titubear, e como sempre a me surpreender, o garçom como um médico prescreve: Paciência, é o que desejo a você...

Quer uma dose?


Quero. Doze.

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