sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O que ninguém me contou...

Não sei bem se era apenas um sonho, mas que eu tinha vontade, eu tinha. Pensava em como seria dividir as contas comigo, comprar um monte de besteiras para colocar na geladeira e encher o armário de guloseimas... Nunca fui do tipo festeira, então esqueçam de vir aqui fazer bagunça, ok?*

* Exceto se você quiser trazer uma televisão enorme acompanhada de um xbox, PS (1, 2, 3, 4, infinito...), etc.

Pois bem, voltando ao assunto, depois de tanto corre-corre, sorrisos, lágrimas, despedidas e uma pequena, mas "doível", dor de cabeça na hora da mudança, eu cheguei aqui. Não cheguei sozinha e isso foi o que mais me fez bem nos momentos em que a saudade reinava e as noites pareciam intermináveis. Não morava sozinha, de fato, e essa era a parte gratificante de todas essas coisas pois eu comecei a pensar melhor naquela listinha do supermercado e não foram tantas besteiras que entraram na geladeira e no armário por esses dias...

O tempo passou, a convivência foi se tornando cada vez melhor até que "puft", me vi só. Não digo que me vi abandonada às traças, deixada de lado, jogada para a solidão (modo dramatic on), pois pude aprender que morar sozinha não necessariamente implicava em ser só e entregue a solidão (me provaram isso, e eu só tenho a agradecer!), mas uma das coisas que se esqueceram de me contar é que quem mora sozinho, às vezes, se sente a pessoa mais triste do mundo. Mas não é tristeza, é saudade. Como já disse a Martha Medeiros, "saudade é [...] não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche" e eu digo mais: é não saber o que fazer (depois de se matar de estudar, claro) com as tardes de domingo, segunda, terça... Aquelas tardes que nunca terminam, enquanto as pessoas normais estão em suas casas, com suas famílias, com seus namorados e você, se tiver um pouco de sorte no jogo, estará jogando Legend Online igual a mim. 

Viver sozinha é dar valor a coisas simples da vida: o cheiro de quem a gente gosta, a conversa jogada fora, a crise de riso, o abraço de quem não volta mais, o almoço atrasado devido a energia que foi gasta com mergulhos na piscina e outras coisitas mais... 

Morar sozinha é aprender a conviver com sua própria companhia e ter que gostar dela. Mesmo quando ela está triste nas tardes intermináveis de um dia qualquer...

sábado, 9 de novembro de 2013

Simples Sonhos

Tenho sonho esperançoso, bem bonito mesmo, de poder ser feliz vendo você sorrir. Você que já chegou e nunca olhou pra mim ou você que eu juro, prometo e espero ainda conhecer num ônibus vazio com muitos lugares para dois - com você sentando ao meu lado e me escolhendo para meu par. Dizendo algo como "toma aqui o meu amor e constrói tuas coisas junto das minhas, e não à volta dele". Toma aqui o meu e vamos ser feliz (porque eu te juro, é o que eu  sempre quis desde que eu era pequena e queria crescer!).

Eu acho que no fundo é o que toda essa gente quer. Aquele amor por acaso, sem grandes firulas ou novelas mexicanas, pra trocar o drama por carinho. Por isso que eu ainda tenho esperança, uma esperança simples de te achar numa dessas vezes em que tocam minhas campainhas...

(Daniel Bovolento, do blog Entre Todas as Coisas)