sábado, 18 de fevereiro de 2012

Garçon: Meu pingo de alegria

Preguiça. Isto dominava metade de minha mente num sábado de carnaval onde nada me é curtido...

Sinceramente, ser recifense e dizer que detesta carnaval é quase que bullying. Para fugir dos convites de sair nessa chuva a uma temperatura até que agradável de 26ºC, tentei retornar ao lugar que mais me fazia pensar e repensar... A mesa oito.

Marchinhas eram ouvidas nas ruas, pessoas mascaradas por todos os lados... Com isto, não me incomodei, é bem melhor ouvir as antigas marchinhas que certas coisas que as pessoas costumam chamar de música, e, claro, pessoas andam mascaradas o ano inteiro, mas apenas no carnaval é que reparam...

Sem muito demorar, cheguei ao restaurante onde vi que a mesa oito, que ficava num canto ao ar livre, não estava disponível aquele dia, por motivo do carnaval, teria de sentar em uma mesa dentro do estabelecimento...

Pois bem, desta vez a mesa foi a 12, que me dava uma visão privilegiada da enorme janela de vidro do local, para variar ainda mais, havia um senhor que tocava violão, eram belíssimas músicas da cultura popular brasileira. Realmente, aquele era um lugar distinto... 

A primeira vista, não contemplei o garçon que sempre me atendia com um sorriso no rosto, cheguei a pensar que ele estava de folga, curtindo, quem sabe, o carnaval recifense. Notei que um outro garçon me viu, mas em vez de chegar a mesa, entrou numa das portas do estabelecimento e saiu com um sorriso no rosto, acompanhado do meu garçon. Sorri, como se estivesse agradecendo, quando ele piscou um dos olhos para mim... Não sei o motivo, mas aquele garçon era realmente único.

Chega o trabalhador que me atende com alegria, aquele que antes de me entregar o menu, sempre deseja um bom dia. 

Eis a novidade do local, as bebidas vinham acompanhadas de pequenos pingos... Eram gotas de emoção. Como sempre, aquele lugar me impressiona. Pedi, é claro, a sugestão do prezado amigo garçon, que sem pestanejar indicou uma leve bebida com algumas gotas de alegria. 

Garantiu ele, "eu mesmo posso inserí-las".


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