Já diziam os Hermanos: Todo carnaval tem seu fim...
...E para comemorar este fim [afinal, nem todo recifense tem que saber dançar frevo], nada melhor que frequentar aquele lugar. O lugar das idas e vindas...
Não pensei muito em ter que abandonar o conforto do lar numa sexta-feira, o controle da tv ao acance das mãos nunca me interessou. Eu fui.
Ao chegar no restaurante, vi que a minha mesa [pois já acho que ela é minha, como que exclusiva!] me estava disponível. A mesa oito e seus encantos. Era de lá que eu conseguia observar boa parte do mundo ao meu redor sem ser notada. A mesa no cantinho, ao ar livre, perto do enorme janelão... Uma bela olhada panorâmica diria que ela era paralela a mesa doze... A do sábado de carnaval.
Engraçado, assim que avistei o menu, começa a chover. Era como se eu não pudesse 'fugir' de lá. Teria de consumir, no meu fim de tarde, algo daquele lugar.
Não chamei. Ele já está acostumado com minha presença no local. Bastou avistar-me para vir com seu bloco de anotações e o simpático sorriso para me cumprimentar... E me servir...
O garçon pergunta, sem a surpresa no olhar com os exóticos pedidos.
Desta vez, apenas peço uma dose de realidade...
... Pois de desilusão eu já me embriaguei muito nesta vida.
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